Categoria: Basílica
04/02/2024 Por: Nayane Moreira | Assessoria de Comunicação
Na Colina do Horto, ponto mais alto de Juazeiro do Norte - CE, o final da tarde deste dia 3 de fevereiro foi marcado pela concretização de um sonho centenário do Servo de Deus Padre Cícero: a dedicação da Igreja do Senhor Bom Jesus.
Esta celebração pode ser compreendida como a inauguração ou consagração do templo a Deus, sendo o local que se tornará o ponto de encontro do povo que se reúne para elevar os louvores a Cristo, cultivar a fé e participar como ouvintes da Palavra e do banquete Eucarístico na Santa Missa.
A Eucaristia foi presidida pelo bispo diocesano de Crato, Dom Magnus Henrique, OFMCap. É costume que nas cerimônias de dedicação quem conduza o rito seja o pastor da Igreja Particular local. O Cardeal e reitor-mor dos Salesianos, Ángel Fernández, outros bispos e arcebispos de cidades nordestinas, além de sacerdotes diocesanos e religiosos também estiveram entre as presenças eclesiásticas.
Durante a homilia, dom Magnus fez questão de pontuar: “Assim como o Cristo, que foi todo consagrado ao Pai, esta Igreja do Bom Jesus do Horto está sendo dedicada pela importância singular que ela tem dentro do contexto eclesial do Nordeste, no coração dos romeiros, na vida dos filhos de Dom Bosco e na nossa Diocese de Crato.”
Rito de dedicação da Igreja e do Altar
Conforme o Pontifical Romano, coletânea que contém todas as orações e orientações para a celebração dos sacramentos e sacramentais administrados pelo bispo, a dedicação de uma igreja e do altar conta com ritos envoltos em beleza e significados, divididos em quatro partes: os Ritos iniciais, onde também está inserida a bênção da água e aspersão; a segunda é a Liturgia da Palavra; a terceira parte é chamada de Oração da Dedicação e Unções, que compreende a oração litânica, a deposição das relíquias dos santos no altar (neste caso, estão as de São João Bosco, São Domingos Sávio e Beata Benigna Cardoso), a oração da dedicação, a unção do altar e das paredes da igreja com o óleo do Crisma, a incensação e iluminação; por fim, a Liturgia Eucarística.
Entenda os ritos e simbologia
Bênção da água e aspersão: simboliza a purificação do lugar e das pessoas, e recorda o batismo dos fiéis que formam a Igreja viva.
Oração litânica: Neste caso, a ladainha de todos os Santos, rezada em substituição a oração da assembleia (preces).
Deposição das relíquias dos santos no altar: relembra a comunhão dos santos que serviram com maestria à Igreja e o testemunho dos mártires que deram a vida pela causa do Evangelho.
Unção do altar e das paredes da igreja: recorda a consagração definitiva do templo a Deus. O óleo é sinal do Cristo que age na vida da Igreja, seja na unção pelo Espírito Santo no batismo ou na Crisma.
Incensação, iluminação e Liturgia Eucarística: traz a simbologia do louvor a Deus que sobe aos céus como a fumaça do incenso, a chama das velas que é sinal da luz de Cristo que veio ao mundo para iluminar todas as escuridões e o sacrifício perfeito que se oferece no altar por meio dos sinais do pão e do vinho.
Cooperador Salesiano Póstumo
Ao final da celebração, o Cardeal Ángel Artime fez a leitura do decreto que concede ao Padre Cícero Romão o título de Salesiano Cooperador póstumo, dignidade que simboliza o reconhecimento da ligação existente entre o apostolado do Patriarca do Nordeste e o carisma das obras salesianas.
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